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Adriana Esteves: ‘Mais tranquila e menos controladora’

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Foto: João Cotta

Adriana Esteves, 53 anos de idade, completa 35 anos de carreira em 2023 e tem sua atuação elogiada em Os Outros, na Globoplay. Embora tenha iniciado na TV como apresentadora e repórter — ela trabalhou em Evidência e F1 na Band, na década de 1980, na Bandeirantes –, a carreira de atriz começou em 1988, quando teve uma pequena oportunidade em Vale Tudo (Globo, 1988).

Experiente, Adriana elogia a qualidade da série: “Foi um trabalho de amor. A gente partiu de um belíssimo texto e tivemos um preparador de elenco maravilhoso”, afirma. Na trama, a atriz vive Cibele, uma mulher que cresceu no subúrbio carioca e agora vive em um condomínio na Barra da Tijuca, que faz de tudo para superproteger o filho, Marcinho (Antonio Haddad).

Com conflitos maternais sendo mais recorrentes em seus recentes trabalhos, ela diz que o trabalho ajuda em sua vida familiar. “Essas personagens têm me ensinado que posso ser mais tranquila, menos controladora”, afirma a atriz, longe das novelas desde Amor de Mãe, encerrada em 2021.

Embora tenha despontado ao vencer um concurso promovido pelo Domingão do Faustão e conquistar um papel na novela Top Model (Globo, 1989), Adriana Esteves já havia dividido cena, como figurante, com a vilã Maria de Fátima (Gloria Pires) em Vale Tudo. De lá para cá, ela se orgulha com as oportunidades da profissão.

Questionada se há alguma semelhança entre Cibele, de Os Outros, com Celinha, do humorístico Toma Lá Dá Cá — que também morava em um condomínio de apartamentos — Adriana é categórica ao dizer que não há semelhança alguma. “Já fui moradora de condomínio, hein? Na preparação para Os Outros, nem lembrei do Condomínio Jambalaya (risos). É tudo tão diferente agora, são personagens diversas.”

Entre papéis cômicos e dramáticos, Adriana experimentou altos e baixos da profissão. Antes das vilãs Carminha, de Avenida Brasil (Globo, 2012), e Sandrinha, de Torre de Babel (Globo, 1998), a atriz foi alvo de severas críticas ao viver Mariana, uma das personagens centrais de Renascer (Globo, 1993).

Embora continuasse a ser chamada para trabalhos, ela optou por um período de reclusão. Originalmente, o autor Carlos Lombardi pensava nela como Babalu de Quatro por Quatro (Globo, 1994), mas Adriana não se considerava apta para assumir um novo papel e a direção, então, apostou em Letícia Spiller, recém-saída do posto de paquita, como uma das protagonistas da novela.

Após Renascer, a atriz optou por trabalhos pontuais em episódios de Você Decide e A Comédia da Vida Privada. A volta às novelas aconteceu apenas em 1996, no SBT, quando fez Razão de Viver. Em paz com os seus de gravação, Adriana acertou sua volta para a TV Globo no ano seguinte. O retorno foi em grande estilo em A Indomada (Globo, 1997), novela do horário nobre em que fazia a protagonista Lúcia Helena.

Atenta, ela reconhece repórteres que a acompanharam em diferentes fases da carreira e identifica qualidades na nova geração de atores. “Me emociono ao reencontrar jornalistas que me entrevistaram quando estava no início da carreira. Quando observo a nova geração de atores falando, eu penso: ‘Como eles falam lindamente. A gente falava assim?'”, falou, após observar os colegas do elenco jovem na coletiva de imprensa de Os Outros.

Ao falar que a carreira não é feita apenas de sucessos, Adriana já comentou com Quem a reclusão que teve entre 1993 e 1995. “Foi um período muito triste. Mas não sei ficar botando culpa nas críticas a Renascer. Acho que passei por uma situação pela qual várias pessoas passam. Foi muito sofrido. Tive uma depressão. Não sei se foi depressão ou síndrome do pânico. Fui medicada, tratada. Faço análise até hoje e, graças àquela fase, aprendi a ter a análise na minha vida, o que me faz muito bem. Foi um período muito duro, de uns dois anos, mas ganhei muitas coisas também. Aproximei-me de amigos, amadureci muito. Voltei a trabalhar de uma forma muito mais forte. Fui ao fundo do poço e subi.”

Foto: João Cotta

Fonte: https://revistaquem.globo.com/entretenimento/tv-e-novelas/noticia/2023/06/adriana-esteves-faz-35-anos-de-carreira-mais-tranquila-e-menos-controladora.ghtml

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