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VLADIMIR BRICHTA FALA SOBRE NOVO TRABALHO E REVELA QUE ESCUTOU CRÍTICAS PELO VISUAL

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Foto: Mauricio Fidalgo/TV Globo

Para o papel, o ator cortou os cabelos – que estavam longos para viver o cantor Gui Santiago em Rock Story, encerrada em junho – e adotou um bigodinho. “Zózimo é um ex-policial que virou detetive particular especializado em casos de adultério e acaba se envolvendo com as clientes”, diz ele, que contracena com atrizes como Regiane AlvesGiovanna Antonelli.

QUEM: Como foi a preparação para Cidade Proibida?
VLADIMIR BRICHTA:
 A preparação foi, principalmente, buscar elementos que ajudassem a gente a entender essa linguagem, essa história. Vi muitos filmes noir da época. Filmes recentes também, filmes contemporâneos, mas que visitam essa linguagem do noir. Além disso, muita leitura dos textos. A gente conseguiu uma bela antecedência nesses textos. Até começar a gravar nós estávamos lendo bastante, discutindo bastante essas histórias, tentando conceituar, compreender, entender a trama. Faz parte também desse estilo, uma trama muito complexa, muito elaborada, então a gente perseguiu mesmo isso. A preparação se deu muito mais dessa forma, muito mais do que aprender a dar um tiro, manusear uma arma ou dirigir um carro antigo.

QUEM: Uma trama de época traz exigências específicas?
V.B.: 
Cidade Proibida é uma série que se passa nos anos 50. É um período que a gente já tem um certo volume de material da época, mas não tem tanto como hoje em dia, como nas décadas seguintes, é claro. É um trabalho de um tom, de uma linguagem muito específica, que tem parentesco com a obra de Nelson Rodrigues e também tem parentesco com filme noir. A história se passa no Rio de Janeiro. O tom não resvala para o humor, mas também não é um dramalhão ultrarrealista. Tem uma linguagem muito específica.

QUEM: A série é baseada em Zózimo – O corno que sabia demais e seu personagem é um detetive. O que pode adiantar da história?
V.B.:
 A série é inspirada nesse quadrinho, Zózimo – O Corno Que Sabia Demais, e isso já dá um bom indício do que vamos ver. Mesmo que não tenha esse nome, ela traz muitas situações de adultério. O Zózimo, meu personagem, é esse detetive particular e ex-policial, investiga muitos casos de adultério, eventualmente com crimes envolvidos. Era comum se resolver adultério com crime, com morte, então temos muitas situações essa temática e perseguição. A série tem alguns elementos interessantes, um certo humor, uma certa bossa contida nessas histórias, que resvala numa coisa, às vezes, patética mesmo. Às vezes, o amor enlouquecido, doentio, colérico, torna os personagens patéticos. A gente tem o trágico, o cômico, o patético, todos esses elementos numa dose muito equilibrada, e também bastante ação. Como se passa em uma época em que o machismo era muito mais preponderante que agora, muito mais presente também, acaba brincando um pouco com o estereótipo daquele homem. Essa ideia de espionagem, de perseguição, de mulheres fatais, incríveis e apaixonantes ao primeiro olhar.

QUEM: De que forma a mudança no visual te ajudou a abandonar o Gui Santiago, seu personagem na novela Rock Story, e construir o Zózimo?
V.B.:
 A questão do visual é realmente superimportante para você entender um personagem. Principalmente porque eu venho de um personagem que era um roqueiro, com cabelo comprido… Aquilo é muito simbólico e marcou bastante. Tanto que, quando eu cortei o cabelo, as pessoas me abordavam na rua com muita frequência e sempre questionando, brincando e às vezes, até criticando o corte, mas a verdade é que são signos muito fortes. Quando a gente vai para uma outra época, anos 50, você tem que ser muito mais rigoroso com essa parte de caracterização, porque as pessoas seguiam muito mais um padrão do que hoje em dia. Os homens estavam com ou sem bigode, mas nunca com barba, estavam sempre com o cabelo curto, não muito curtinho, mas jamais comprido. Essa caracterização é muito específica, mais rigorosa, e a gente cuidou disso com detalhe, para que ajudasse. E ajuda mesmo a compor, não só a caracterização, mas o figurino também, com terno, colete, compondo uma coisa muito mais formal. As pessoas talvez fossem mais informais nos seus hábitos, na sua conduta, mas havia um comportamento padrão, que era respeitado.

QUEM: Deu pra descansar entre um trabalho e outro?
V.B.:
 Foi um curto espaço de tempo entre um trabalho e outro. Eu tive que descansar o máximo que dava no pequeno espaço de tempo que tive, não só para viver essa outra história, mas para criar esse personagem. Antes mesmo de começar a fazer a novela, eu já havia lido os textos da série junto com o Maurício (Farias, diretor), junto com a equipe e, durante a novela, teve um período em que eu consegui me dedicar um pouco a isso. Aí eu já fui meio que cozinhando, em algum lugar da cabeça, essa figura que eu teria que compor. Isso me ajudou a não ser pego de supetão.

Fonte: http://revistaquem.globo.com/TV-e-Novelas/noticia/2017/09/vladimir-brichta-fala-sobre-novo-trabalho-e-revela-que-escutou-criticas-pelo-visual.html?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=post

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